sábado, 3 de julho de 2010

ALFAVACA (OCIMUM BASILICUM L.)


Nome científico: Ocimum basilicum L.;família: Lamiaceae
 Nomes populares: Alfavaca-cheirosa, manjericão, manjericão-de-folha-larga, erva real,
alfavaca da América, remédio de vaqueiro;
 Botânica: Herbácea ornamental
de folhas ovais, de clima tropical,
trazida por italianos
 Origem árabe: “albahaqa” – cura tudo
 Na culinária, é usada pelo cheiro e sabor
 Na indústria, usado na produção de óleos, perfumes, corantes, inseticidas e repelentes.
É comecializada em supermercados.

PROPRIEDADES E USOS MEDICINAIS:
•Princípios ativos: estragol, eugenol, linalol, alcânfora e tanino, óleos essenciais
e voláteis, saponinas, terpenos, além de cálcio, vitamina A e B2
•Ações e indicações:
•digestivo: combate vômitos, cólicas, diarréias e flatulência; combate úlcera
gástrica;
•ativa orgãos sexuais, menstruação, combate esterelidade;
•melhora função renal;
•alivia tosses, bronquites, rouquidão; a gargarejo do chá de folhas é usado na
dor de garganta, o bochecho ajuda na cicatrização de aftas;
•chá é diurético, tônico, antisséptico, hipotensor e antiespasmódico;
•diminui dor e rachaduras de seios, na amamentação;
•Combate febres, reumatismos, hematomas,
•Regula o sono
•antiinflamatório


PARTES USADAS E FORMAS DE USO:
 Partes usadas: folhas e sementes
 Formas de uso:
 Chá: colher folhas e sementes
em horário quente, esperar esfriarem,
fazer chá tomando um copo por dia,
durante 5 dias, pausar tratamento,
6 a 8 dias e repetir a dose outras vezes
 Cataplasma: consistência pastosa
(amassar vegetal)  em gase
 Xarope: lavar raízes, cozinhar 20 min,
coar, por açúcar, ferver  tomar 1 colher
4 x ao dia – tuberculose pulmonar

sexta-feira, 28 de maio de 2010

BOLDO NACIONAL


Características :
Malva-santa, sete dores, falso boldo, boldo nacional x boldo-do-chile e falsa malva-santa (Plectranthus grandis), são os nomes conhecidos.

Folhas elípticas aveludadas e flexíveis, flores azuladas, no nordeste não acontece a floração.

Usos
Guaieno, fechona, barabatusina => aroma amargo.

Hiposecretor gástrico (estudos EPM).

“gastrite, azia, mal estar gástrico, ressaca (mt comida/ bebida)”.

“Males do fígado” (população).

Preparo
Folha: até 6 folhas ao dia (ñ tomar tudo de uma vez), sugadas lentamente- sabor amargo.

Chá: 4 a 6 g de folha fresca e 1 xícara de água fervente.

efeito (junto c/ macela da terra: Egletes viscosa).
Preparo
Extrato aquoso: folhas frescas em álcool escorre em água ferve em água (5 a 8 min). Validade (3 meses). (melhor sabor)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Malvarisco


Uma breve introdução sobre as características da planta:
- A malvarisco ou hortelã-grande, é uma planta grande, ereta e aromática, com folhas deltoides, espessas e pilosas; Apresentando uma toxidade negativa.

Para que serve:
Tosse e Bronquite
Uso tradicional na forma de xarope (lambedor)
Balas para chupar

Rouquidão e ardor na garganta
Folhas inteiras podem ser sugadas lentamente, uma a uma, misturadas com açúcar ou mel de abelhas

Modo de Preparo e Uso:

Lambedor: 30 a 40 folhas frescas aquecidas diretamente com 150 a 200g de açúcar, sem se juntar água.
Melhorado com associação do chambá ou cumaru.
Balas são preparadas com o xarope apurado
Pesquisa deve ser feita para a associação com courama para tratamento oral de problemas ginecológicos.

Xarope: uma ou duas colheres de sopa três vezes por dia;
Balas ou folhas inteiras: uma a uma até seis por dia.

domingo, 2 de maio de 2010

Mensagem inicial


O popular e o erudito na concepção do PROPLAM – UFCG

O projeto “Orientação comunitária sobre plantas medicinais” (ou “PROPLAM – PROjeto de PLantas Medicinais- UFCG”) constitui uma proposta pioneira de estudo fitoterápico e incorporação de saberes populares e acadêmicos ao âmbito do município de Campina Grande-PB. O estudo busca a aplicabilidade prática dos saberes acadêmico-científicos acerca das propriedades terapêuticas, interações sinérgicas, dosagem e preparo correto de plantas medicinais.

Aliando o conhecimento científico às principais ocorrências das comunidades em estudo, o projeto prevê uma série de abordagens que possibilitarão maior acesso e aplicabilidade da fitoterapia à população.

A troca de experiências com representantes da terceira idade, donas-de-casa, educadores e outras pessoas da comunidade, em conjunto com o acompanhamento dos profissionais do PSF proporcionarão aos acadêmicos conhecimentos acerca da temática social: os saberes populares, seus mitos e suas verdades relacionados com as patologias mais freqüentes. Além disso, o devido conhecimento dos fitoterápicos e plantas medicinais, ainda muito pouco discutidos nos cursos de graduação e no cotidiano dos profissionais da saúde será uma meta de nosso Projeto.


A retomada da Fitoterapia nos últimos anos ocorreu em função de uma série de fatores. Dentre eles, podemos citar: os estudos científicos que comprovam sua eficácia, segurança e efetividade; a facilidade de acesso às plantas medicinais; a crença da população na sua eficácia e segurança, uma vez que a fitoterapia se encontra dentro do contexto cultural de cada família e faz parte de uma tradição que tem sido repassada de geração para geração; os altos custos dos medicamentos alopáticos; a falta de medicamentos nos serviços públicos de saúde; a busca por terapias mais naturais, integrais e sem ou com menos efeitos colaterais.


É necessário saber que a Fitoterapia baseia-se no mesmo princípio do medicamento alopático que é a cura através de princípios ativos que também podem ter efeitos adversos, o que demanda cuidados. É preciso superar o mito de que a planta se bem não faz, mal também não faz. Quando não se utiliza dose correta, preparação e via adequada, a planta, mesmo sendo medicinal, poderá causar transtornos ao indivíduo, podendo mesmo ocorrer uma intoxicação. Devido a isso, desde já, devemos ter a concepção de que PLANTA MEDICINAL É UM MEDICAMENTO e como tal deve ser usada corretamente.

De fundamental importância, portanto, é transmitir a mensagem à população desinformada por meio de palestras, panfletagens, atividades educativas, recursos audiovisuais reais e virtuais (o blog TERAPIA-VERDE, por exemplo.

Além do menor preço, da proximidade e da constância da planta no entorno das residências, há, também, a vantagem do profissional de saúde dispor de outras possibilidades de tratamento, bem como a simplicidade de se fazer remédios caseiros com as plantas medicinais.

Produzir fitoterápicos no município pode ser uma fonte de emprego e renda, já que necessita de pessoas para o cultivo e o processamento da matéria-prima e para a manipulação dos medicamentos. É necessário compreender o conceito de saúde numa perspectiva holística e vê-la como o resultado da qualidade de vida das pessoas.

A implementação e o fortalecimento da Fitoterapia nos serviços de saúde é uma questão de cidadania, em especial na nossa região, carente de recursos materiais, porém rica em cultura e em conhecimentos populares sobre plantas de uso terapêutico. Com isso a população se beneficia pelo entendimento da intervenção médica no seu organismo, no sentido de que ele saia do papel de passividade e seja um agente ativo no cuidado de sua saúde.

[Niedson José; Galba Rafael]